A mediocridade não dói porque é ruim. Dói porque é comum. Há algo insuportável no reconhecimento de que a maior parte de nós não será brilhante, inesquecível, genial. E não se trata apenas de talento — trata-se de estrutura. A vergonha de ser medíocre é, em última instância, a vergonha de não ter escapatória.
Vivemos sob o império do desempenho. Desde cedo, somos treinados para sermos excepcionais. A escola premia os que se destacam. As redes valorizam os que viralizam. O mercado seleciona os que vendem bem a própria imagem. A vida, transformada em vitrine, não comporta opacidade. Só resta ao sujeito esconder sua banalidade como se fosse defeito — e performar excelência como se fosse essência.
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